Por William Ribeiro
Na hora de “furunfa” todo mundo gosta, não é? Mas e quando chega a gravidez (não planejada principalmente) é correria e desespero pra todo lado, para preparar tudo para a chegada do be...
Na hora de “furunfa” todo mundo gosta, não é? Mas e quando chega a gravidez (não planejada principalmente) é correria e desespero pra todo lado, para preparar tudo para a chegada do bebê. Mas afinal, quanto custa criar um filho?
Ter filho é bom demais, eu mesmo tenho dois até! Se para um pai já é incrível, imagina para uma mãe que carregou e passou por cada etapa do processo (os bons e ruins, é claro!).
E tem o processo de ensiná-los sobre a vida aqui do lado de fora, é uma aventura diária. São fortes emoções no direcionamento diário destes “serumaninhos”. Mas a verdade é que acabo aprendendo muito com eles também.
De começo, já posso adiantar que existem muitas coisas que estão fora do papo financeiro, pois simplesmente não tem preço! Mas como educador financeiro, cabe a mim falar sobre o lado menos romântico da história. Afinal quanto custa ter um filho? Pimpolho, rebento, ou como preferir chamar!
Mas, por não saber e nem pensar muito no assunto, existem muitos pais por aí que estão é “rebentados”! Por não darem conta das despesas com a criança.
Este vídeo é sobre isso, dar insights sobre os custos de se criar um rebento, da chegada às manutenções ao longo da vida dos filhos (Você vai ver que é mais caro que a da concessionária, mas calma que meu intuito é aliviar essa barra pra você).
A gente foi fazer as contas de quanto custa ter um filho no Brasil. E chegamos em uns números medonhos e pavorosos! Então, para esclarecer, esses valores estão somando os gastos com alimentação, saúde, moradia, educação e lazer. E estão separados de acordo com a faixa de renda mensal da família.
Este levantamento também considera que você vá bancar seus herdeiros até os 23 anos de idade. Particularmente eu acho muito até 23 anos. Mas vamos aos números:
Para as famílias de classe D, que tem renda familiar mensal de até 2 mil reais, gastam uns 50 mil com cada filho, do nascimento até estes 23 anos de idade. Já para famílias da Classe C, com renda entre 2 a 6 mil, gastam na média 400 mil reais com cada cria.
E as famílias da classe B, com renda mensal de 6 a 25 mil reais. Tem o custo de aproximadamente 1 milhão com cada filho. Pois é, num é brinquedo não!
Você já deve conhecer o método 6 em 7 do Érico Rocha, não é? Inclusive já falamos sobre isso lá no canal do YouTube! Mas já tinha ouvido do 7 em 23? É, 7 dígitos em 23 anos com seu filhote não é mole não!
Agora as famílias de Classe A, que tem renda entre 25 e 75 mil, chegam a gastar duas milhas! E se achou muito, ainda tem a classe A+.
Para a classe A+, com renda superior a 75 mil por mês, gastam nada mais, nada menos que cerca de 5 milhões de reais com cada mancebo. É dinheiro, ou não é?
Olha, se isto não te assusta, parabéns por ser essa pessoa forte e destemida. Já os fracos como eu, ficam apavorados e recorrem ao lenço.
O lado bom é que esses valores são uma média. E médias, são uma “mérdia” mesmo, mas tem lá seu proveito estatístico. Com ele podemos perceber que temos uma baita responsa.
São mais questões mais questões morais e emocionais que atingem o bolso, o órgão mais sensível do corpo humano.
Então caso você já tenha despesas com seus filhos. Ou que ainda estejam por vir, é melhor se planejar, né não? Dessa forma o estresse financeiro diminui, evitando somatizar coisas e gerar desgastes até mesmo na relação e as temidas DR’s.
Para você que possui o desejo de ter herdeiros um dia, o bom é planejar o quanto antes e ir guardando uma grana para o seu “projeto filho”. Como você não vai precisar desse dinheiro no curto prazo, então pode escolher investimentos que tenham menor liquidez e maior rentabilidade.
Um exemplo disso são os CDB’s de maior prazo de vencimento, Tesouro IPCA , mercado de ações, fundos imobiliários, P2P Lending e por aí vai.
A decisão sobre isso é sua! E depende também de quanto risco você aceita correr!
E de quanto será o valor que deve separar por mês. hein? É só pensar nas roupinhas, no quartinho, nos exames pré-natal, no parto, nos pacotes de fraldas para os primeiros anos, exames pós-parte para a mãe e bebê, enfim…Já sacou né?
Dá pra ver que não é pouca coisa. Somando os “trem” tudo aí, vai dá uma média de uns 20 mil reais. E estamos considerando a galera da Classe C. Se você se planejar com uns 3 anos de antecedência, tem que investir uns 500 reais por mês.
Como os gastos médicos são os maiores, talvez fazer um plano de saúde seja uma boa. Principalmente do ponto de vista da segurança. Afinal, imprevistos na gravidez e no nascimento podem acontecer. E nesse caso a coisa pode ficar cara de verdade. Que Deus os livre!
Mas, até aqui o mais caro mesmo é o parto, cerca de R$ 13 mil reais. E já vi casos de amigos, onde a equipe médica cobrava “por fora”. É que o repasse dos planos de saúde costumam ser baixos. Aí a galera não empolga, não é?
Após os três primeiros meses do nascimento já se foi o famoso “tempo de experiência”. Daí pra frente os gastos serão constantes, devendo fazer parte do seu novo orçamento familiar.
No primeiro ano considere pelo menos três itens no orçamento mensal, alimentação, fraldas e consultas médicas. Considerando a Classe C, dá para manter com os R$ 500 reais mensais. Se for considerar uma creche, ou escolinha, pode adicionar mais uns R$ 400 reais na conta!
A medida que vão crescendo, também vão aumentando as despesas. Pois passam a ser inclusos os custos para educação e lazer. Escola de idiomas, cursos, atividades extracurriculares, como festas e passeios, por exemplo!
É importante recordar que estamos baseando na Classe C, com renda entre 2 e 6 mil reais por mês. Porém existem fatores como sexo e região, que também influenciam nestes valores. E por isso temos aqui uma média dos valores.
Portanto podem existir diferenças entre os custos de se criar um filho, ou uma filha por exemplo. No caso de mulheres os custos costumam ser maiores. Isso também pode variar de acordo com país, estado, cidade e até bairros no caso de grandes cidades.
Na cidade de São Paulo por exemplo, dependendo do bairro, esse custo pode variar em até mais de 100 vezes!
Aliás, se você quiser brincar com esses número, tem uma calculadora de simulação pra isso!
Mas os custos podem variar ainda mais, se os pais escolherem formas alternativas. Que por sua vez acabam por economizar e reduzir estes custos.
Tenho amigos que pagam escola particular para os filhos e nada mais, pois o orçamento não permite. Outros preferem que os filhos estudem na rede pública, e com a economia, pagam educação extra: idiomas, música, esportes, passeios culturais e por aí vai.
Quem tem hábitos mais simples de vida e moram em cidades interioranas, conseguem baratear bastante o custo dos filhos, porque os hábitos de vida e consumo são diferentes.
Agora um ponto que não concordo muito, é que os pais devem sustentar tudo para os filhos até os 23 anos. Tô fora de ficar bancando marmanjo!
No meu caso montei minha primeira empresa com 17 anos e de lá pra cá a rotina de trabalho e estudos sempre correu em paralelo.
Acredito que quanto mais cedo nossos filhos se envolverem com o trabalho e com dinheiro, menos eles vão se meter em confusão. Dando maior valor ao esforço e ao mérito. Assim terão melhores chances de terem uma vida mais confortável!
Por fim, quero deixar uma reflexão sobre educação!
Muitos pais estão seguindo uma receita de bolo. Buscando boas escolas para os filhos, pra depois eles entrarem em boas faculdades, pra depois conseguirem bons empregos… Mas será que é por aí?
E se você buscar uma educação extra pro seu filho, que a maioria das escolas não ensina? Empreendedorismo, finanças pessoais, marketing, vendas, inteligência emocional, liderança, autodidatismo…
Algumas dessas habilidades podem ser aprendidas em livros, em cursos online, workshops presenciais, programas de imersão… E costumam custar muito menos que as mensalidades da escola, além de causar muito mais impacto prático na carreira e na vida dessa garotada.
Dá uma pensa nisso! Veja se faz sentido para você e sua família. Se fizer, vou deixar duas dicas de livros aqui pra rachar a cuca. Os livros foram escritos por dois Joões que eu aprecio:
– O Que A Escola Não Nos Ensina, do João Cristofolini.
– Educando Filhos Para Empreender, do João Kepler, que eu já tive a honra de palestrar no mesmo evento que ele.
Bom, é isso aí Champs! Bóra perpetuar a nossa espécie! Mas sempre com muito amor, carinho e responsabilidade… E se possível, com PLANEJAMENTO, pra facilitar a vida de todo mundo, não é?