Por William Ribeiro
Esse vídeo vai pra você, que acha que tem o total controle sobre o seu dinheiro! Que só compra o que precisa, que sabe lidar bem com o danado! Que só toma decisões racionais quando o assunto é d...
Por William Ribeiro
Esse vídeo vai pra você, que acha que tem o total controle sobre o seu dinheiro! Que só compra o que precisa, que sabe lidar bem com o danado! Que só toma decisões racionais quando o assunto é dinheiro! Você é o cara memo hein? Hum, quer ver como o seu cérebro te engana quando o assunto é dinheiro? E de quebra, como a gente pode combater este mal? No vídeo de hoje tem vários testes legais pra você fazer, fica por aí!
Fala meu amigo, bão demais das contas?
Falou de dinheiro, falou de emoção, não tem jeito! A gente até tenta achar motivos racionais pra tudo, mas não tem jeito: se você está comprando ou vendendo, tem muito sentimento envolvido.
Vai de tudo, desde você não querer fazer negócio com a pessoa, porque simplesmente não vai com a cara dela – aí o seu dinheiro te pergunta: o que eu tenho a ver com isso, hein? Até mesmo de você comprar alguma coisa só pra se sentir bem, como um carro novo, por exemplo. E ficar tentando buscar por aí alguma desculpa perfeita pra justificar a sua compra.
Olha que escolha inteligente que eu fiz! Tudo pra evitar o chamado “remorso do comprador”, a dor de ter feito alguma Agada com seu rico dinheirinho.
Isso quando a gente não vai na onda, compra alguma coisa só porque todo mundo tá comprando também, ou porque aquela artista famosa tá usando, e com certeza ela é muito bonita porque usa todos os dias o shampoo da Bozano no cabelo! Ou comprar a cueca da Zorba e jogar bola pra caceta, que nem o Neymar!
Raiva, empatia, emoção, comodidade, tristeza, ganância, remorso, medo… Tudo isso é emocional e impacta demais as nossas decisões de compra.
Dizem que o maior conhecimento é quando passamos a conhecer a nós próprios. E o primeiro passo pra melhorarmos nossas decisões de compra é reconhecer que somos assim, sentimentais pra tudo.
Não é que a gente tenha que ser um robozinho na hora de comprar, usar a calculadora pra tudo. Mas pensar o que nos motiva a coçar o bolso pode nos ajudar a tomar decisões mais conscientes, e de quebra, não cair aí no papo dos vendedores!
Ainda acha que você é racional sobre o seu dinheiro? Então fica aí até o final que tem vários causos, como diz aqui em minas, que vão virar a sua cabeça!
Ah, e aproveita que o vídeo tá no comecinho e vem com a gente no canal, se inscreve por aqui pra não perder nada pro seu bolso!
Responde rápido aí: Você pode comprar um café e também uma bala pelo valor total de R$2,20. O café custa R$2 a mais que a bala. Quanto custa a bala?
Não, não é vinte centavos. Ié ié! Se assim fosse, o café (que custa a bala mais dois reais), teria de custar R$2,20, e a soma dos dois daria R$2,40.
Acertou essa? Se você errou, não fica triste: mais da metade dos universitários americanos, mesmo de instituições renomadas (como Harvard), erraram também. Entre alunos de instituições menos badaladas, mais de 80% erraram.
E por que isso acontece? Porque o nosso cérebro tende a facilitar as coisas, deixar as coisas mais simples do que elas realmente são. Por isso que é importante sempre parar pra pensar, se realmente a sua avaliação está certa, principalmente em uma negociação!
Vamos jogar um jogo: Suponhamos que eu tenho R$100 pra te dar. Não, não vou, eu não sou o Sílvio Santos. Mas finge aí, com algumas condições:
Você tem duas opções: pega tudo pra você, banca o fominha aí. Ou socializa a parada e divide com o Gilmar, que está no jogo com a gente. E VOCÊ decide o quanto ele vai ganhar, olha que legal! Você é o cara!
Mas, como tudo na vida, existe um porém! Essa pessoa, o Gilmar, é quem tem o poder do ultimato: se ela não aceitar a sua oferta, nenhum de vocês ganham porcaria nenhuma.
E aí, qual seria o valor de sua oferta? Quanto é que o Gilmarzinho leva de você? E o que você levou em consideração para escolher a porção dele?
Eu chutaria que você tentou ser razoavelmente generoso com o nosso Gilmar, com medo do cara recusar a parada.
O legal da gente pensar aqui é justamente o Gilmar. Se você der pouco pra ele, vamos supor, dez reais, é provável que ele recuse a oferta, só porque você foi egoísta e ficou com noventão. E convenhamos, faz sentido negar dinheiro agora? O Gilmar prefere ficar sem nada a ver você aí, feliz com a maior parte do bolo!
E o que isso tem a ver com o nosso dia a dia? Nada!
Brinks, tem tudo a ver quando a gente negocia. A gente tende a ver se a compra é justa, se a pessoa não está querendo nos passar a perna. Isso é bem mais forte do que o quanto ganharíamos comprando, o que não é nada legal pro nosso dinheiro.
Quando você for VENDER algo (uma ideia, um produto, um serviço), é preciso tomar cuidado para que as pessoas não julguem que você esteja ganhando demais – caso contrário, podem agir irracionalmente e negar sua proposta, independente do quanto estariam ganhando comprando de você!
Você pode também querer equiparar sua compra com a do vizinho, por exemplo. Deixar de comprar um carro que simples, que atende as suas necessidades e se endividar pra comprar uma caranga melhor que a dele. Desnecessário dizer que não vale a pena pro seu dinheiro, certo?
Agora VOCÊ é o Fidel! E o fidel é o ditador, mano. Você faz a oferta, e o Gilmar TEM que aceitar, independente do valor! Daqueles cem reais que eu supostamente te daria, quanto é que você daria pro Gilmar! Zero?
Hum hum! Isso quer dizer o seguinte: quando a outra pessoa poderia recusar, no jogo do ultimato, não é que você foi generoso: você tava é com medo de perder, isso sim! Confessa aí pra gente!
E aqui mora o problema: as pessoas querem justiça quando recebem alguma coisa (como no jogo do ultimato), mas quando tem o poder, quando no caso do jogo do ditador, não dão nada pro coleguinha! Legal né?
Lição aprendida? Não espere que as pessoas sejam generosas ao negociar. Mas elas vão esperar isso de você! Vai entender esse tal de ser humano, né mesmo?
Outro teste para você! Nova situação. Vamos analisar agora qual seria a sua decisão, baseada em dois casos. Nas duas ocasiões, uma pessoa vai até a sua casa para te oferecer os dois produtos que você está precisando MUITO:
Vamos fazer a análise relativa:
Só que tem um probleminha aí. Do ponto de vista racional, as duas opções são exatamente as mesmas: saem R$20,00 da sua carteira, para comprar sua ida de 5 Km até na praça.
Seu dinheiro não tá ligando para o que você acha, se você não quer ver o cara da caneta nem pintado com a própria caneta, nunca mais na sua vida. O que importa é o quanto você de fato está desembolsando. Vinte reais, são vinte reais.
O senhor tem um tempo para ouvir sobre uma caixa? Olha que legal, eu coloquei vinte reais aqui dentro. Coloca mais vinte aqui. Pronto, agora tem 40!
E o melhor, eu vendo essa caixa, com desconto ainda pra você! Sabe quanto? Eu vendo a caixa que tem quarenta reais por apenas trinta pra você, só porque você é meu amigo! Bora?
Se você entendeu o meu golpe, explica aí pro colega do lado como eu acabo de ganhar dez reais sem você perceber!
E aí, como você foi nos testes? Consegui te provar que, todo mundo, por mais que seja bem lá no fundinho, coloca as emoções na frente, quando o assunto é dinheiro? E o que você tem feito pra enganar aí o seu cérebro, que vive tentando te pregar umas peças também? Conta pra gente?
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Forte abraço, cuide bem do seu dinheiro e tchau tchau!
