Empreender ou carteira assinada? Qual o melhor?

Na sua opinião o que será que compensa mais, empreender ou carteira assinada? É isso que vamos ver no comparativo se PJ vale mais a pena que a CLT! E ainda tem planilha bacana e gratuita para te aj...

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Na sua opinião o que será que compensa mais, empreender ou carteira assinada? É isso que vamos ver no comparativo se PJ vale mais a pena que a CLT!

E ainda tem planilha bacana e gratuita para te ajudar a fazer essas contas direitinho!

E ainda vou te explicar alguns pontos importantes, caso você esteja pensando nisso, ou precisando mesmo começar a sua jornada como PJ ou autônomo.

Pois é, amigo Dinheirudo! Essa tal de CLT, PJ, MEI (que é PJ também), tá esquentando por conta da instabilidade econômica. E pra muita gente tá sendo uma necessidade trabalhar como PJ.

Então, vamos entender alguns pontos fundamentais nesse processo. Talvez a necessidade de hoje, se transforme numa grande empresa do amanhã, não é mesmo?

E você, que por enquanto está aí tranquilo na CLT, com sua carteira assinada, fica ligado que vai rolar um aprendizado útil também.

CLT ou Carteira Assinada

Pra começo de conversa, CLT é a sigla de Consolidação das Leis do Trabalho. É tipo um pacotão de leis, que estão descritas em detalhes no decreto lei número 5.452, de 1º de Maio de 1943.

Faz um tempinho, né? Mas já teve alguns ajustes de lá pra cá. Em especial, a famosa Reforma Trabalhista de 2017, que deu o que falar. Mas tá feita.

Este é um resumão dos principais benefícios garantidos por esta lei:

  1. Registro em carteira assinada em até 48 horas após a admissão.
  2. Recebimento do salário até o quinto dia útil de cada mês.
  3. Férias remuneradas a partir de 12 meses de trabalho, com um período mínimo exigido de 14 dias.
  4. Um acréscimo de meio salário nas férias anuais.
  5. Seguro desemprego após demissão sem justa causa, desde que você tenha ficado pelo menos 12 meses no emprego.
  6. Vale transporte, com desconto de 6% no salário.
  7. O famoso fundo de garantia por tempo de serviço, o FGTS, no valor de 8% do salário.
  8. Contribuição proporcional à previdência social, o INSS. (É o governo tentando te obrigar a poupar pra velhice. Apesar de ter rolado umas reforminhas na previdência, eu ainda acho esse trem com cara de pirâmide financeira. Quem chega por último vai “pagando o pato”.
  9. Licença maternidade e paternidade. (Olha! Pai também ganha uns dias pra trocar fraldas sujas… Que beleza!)

A CLT, na prática, é um regime de contratação de trabalho, onde rola uma subordinação entre o empregado e o empregador, ou empresa.

E esse bolão de leis, existe para garantir os direitos do trabalhador, e protegê-lo.

PJ ou Pessoa Jurídica

Bem, PJ é a abreviação de pessoa jurídica. Nesse modelo, o prestador de serviço, também conhecido como trabalhador, é visto como uma empresa, e não como empregado. Então, todas aquelas regras da CLT, não tem validade sobre um PJ.

Como o PJ é uma empresa, ele tem que providenciar um CNPJ, e estar devidamente cadastrado junto ao município ou à Receita Estadual. Assim ele consegue emitir as notas fiscais dos serviços prestados, que serão exigidas pelos seus clientes.

O PJ tem a liberdade de prestar serviços para qualquer outra empresa, inclusive ao mesmo tempo, diversificando seus clientes, e aumentando suas fontes de renda! Legal, não é?

Mas como tudo na vida, tem seus prós e contras. O modelo PJ é mais arriscado para o trabalhador. Só que o mesmo, irá receber tudo o que foi pago pela empresa ou cliente. Se fosse CLT, teria um monte de descontos na fonte, exigidos por lei.

Claro que pra isso se transformar numa vantagem para o PJ, ele precisa saber precificar os seus serviços. Porque no fim das contas, é ele que tem que arcar com a alimentação, transporte, plano de saúde, despesas com energia elétrica, internet, e por aí vai.

E no caso de uma transição de CLT pra PJ, você precisa saber negociar o seu preço como PJ. Tem que ser vantajoso tanto para você, como para seu cliente. Mas fica aqui até o final, que a nossa super planilha comparativa vai facilitar bem o seu trabalho.

Falando nisso, sabia que do ponto de vista de quem contrata, costuma ser mais barato ter um PJ prestando serviço, do que um empregado CLT?

E outra coisa que vale à pena lembrar, é que o famoso MEI, sigla para MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL, tá dentro do modelo PJ.

O bacana do MEI, é que ele tem condições especiais, onde seus custos, com impostos, serviços de contabilidade, entre outros, ficam bem mais baratos.

Só que também tem regras. As principais são:

  • se encaixar numa das categorias de trabalho permitidas pelo governo;
  • Não ultrapassar o faturamento anual de 81 mil Reais.

Isso equivale a R$ 6.750 por mês, mas o que vale é a somatória anual. E é proporcional aos meses que você se cadastrou como MEI.

Quem for começar como MEI em Junho de 2020, por exemplo, poderá emitir várias notas. Mas a somatória delas não poderá ultrapassar R$ 47.250 em 2020. Porque esse valor representa 7 vezes 6.750, sacou? Um pró-rata anual.

E quando o assunto é aposentadoria do governo, saiba que o MEI irá aposentar com apenas um salário mínimo pelo INSS, caso não contribua com mais, por conta própria.

Se você fizer bom uso da Educação Financeira, e tiver o cuidado de montar um patrimônio legal com seus investimentos, não terá que se preocupar com isso. Aliás, depois dá uma olhada nesse vídeo aqui do canal, que falo mais sobre APOSENTADORIA AOS 40 ANOS.

Mas se você tá contando com o INSS, estude mais esse assunto de aposentadoria do MEI, principalmente se você já tiver trabalhado como CLT por alguns anos, e com bons salários.

Eu também vou deixar aqui o Portal do Empreendedor, onde tá cheio de detalhes sobre as atividades do MEI. Recomendo que você explore o site todinho. Tem informações muito bacanas lá.

Então, bora lá pra nossa planilha comparativa, que eu quero dar umas instruções rápidas, pra você usar do jeito certo.

Você vai ver essas duas colunas, onde uma é o modelo CLT e a outra o PJ. Altere somente os campos que estão com texto na cor vermelha.

Então deixamos todas as células desprotegidas, pra você alterar à vontade. Porém, os outros números em preto são dados fixos de impostos, ou fórmulas dos cálculos. Se você mexer neles, pode bagunçar a sua planilha.

Lá no fim da coluna do modelo PJ, tem umas linhas em amarelo. Ali você vai ver o resultado, se compensa mais ser CLT ou PJ, em função do salário CLT ou da nota emitida como PJ. E ainda mostra a diferença do ganho anual e mensal.

Veja que por padrão, eu deixei um salário CLT de R$ 2.500 bruto. E o equivalente dele, como PJ, seria cobrar pelo serviço mensal uns R$ 4.200.

Dessa forma, você estaria cobrindo todos os seus custos como PJ, e ainda considerando o valor dos benefícios CLT, 13º e até FGTS, que são esses campos aí com o cabeçalho na cor cinza.

Agora, se você for prestador de serviços como MEI, você pagará impostos mensais fixos, bem mais baratos que uma empresa LTDA, por exemplo. Se quiser simular como MEI, você vai ter que fazer um Work Around na planilha, também conhecido como gambiarra.

Primeiro você calcula todas as suas despesas anuais como MEI. Aquela taxa fixa, que fica em torno de 59 Reais por mês, só que vezes 12, pra ficar anual. E algum outro custo anual que você tiver e queira somar.

Aí você vem aqui nesse campo descontos anuais, e “atropela” a fórmula, colocando manualmente esses seus custos anuais como MEI. Desse jeito funciona.

Na verdade, dá pra você fazer várias adaptações na planilha, se precisar. Por isso mesmo ela tá destravada, com todas as células livres. Assim os planilheiros de plantão podem se divertir.

Se curtiu, compartilha com a galera dos seus grupos de Whatsapp e Telegram. Quem sabe você dá uma mãozinha para aquele seu amigo que ficou desempregado na CLT, não é?

E se for o seu caso, força aí! Há males que vêm para o bem. Talvez trabalhar como PJ seja o começo de uma grande empresa, que irá prosperar muito e te colocar num caminho de riqueza financeira jamais experimentada!

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